O bom momento de Nelsinho Piquet
A maneira que Nelsinho Piquet deixou a Fórmula 1 em 2009 pode até ter fechado as portas da categoria para o brasileiro, mas permitiu a ele resgatar a essência do piloto de automóvel, que é a de tentar andar o mais rápido em qualquer tipo de veículo de quatro rodas.
O escândalo do acidente proposital no Grande Prêmio de Cingapura de 2009 baniu de forma oficial seu antigo chefe de equipe Flavio Briatore da F1, mas também atingiu ao brasileiro que ficou sem espaço na elite do automobilismo mundial.
O reinício de carreira veio no automobilismo norte-americano. E após quatro anos de muito aprendizado e três vitórias na Nascar, Nelsinho voltou a experimentar outras categorias.
Participou de etapas da Stock Car no Brasil, da Indy Lights e conheceu as categorias que lhe trazem mais destaque hoje; a Global Rallycross e a Fórmula E. Nesta última, Nelsinho se sagrou o primeiro campeão após duelo intenso com o brasileiro Lucas Di Grassi e o suíço Sebastien Buemi. No Global Rallycross, disputou o título da temporada 2014 e segue como um dos protagonistas em 2015.
E a última semana do piloto brasileiro dá um sinal de como sua agenda está cheia. No início da semana ele estava na Inglaterra para a pré-temporada da Fórmula E. No circuito de Donington Park foram dois dias de testes a bordo do carro da equipe China Racing, que pela primeira vez ostentava o número 1 do campeão. Na quinta-feira, o brasileiro já estava nos Estados Unidos testando pela equipe Penske no circuito de Sonoma (California) fazendo sua estréia em um monoposto da F-Indy. No dia seguinte, acelerava seu Ford Fiesta do Global Rally Cross em Washington, onde dominou as ações na capital da terra do Tio Sam e ganhou pela primeira vez um evento da categoria.
“Há menos de dois meses ganhamos um título mundial em Londres (na Fórmula E) e agora fico muito contente por subir no alto do pódio em Washington. Agradeço a todos do time pelo carro que me deram nesta etapa. A gente vinha batendo na trave no rallycross e fico muito honrado de vencer um evento contra tantos adversários formados em offroad”, afirmou o piloto.
Ou seja, se a Fórmula 1 não foi tudo o que Nelsinho Piquet esperava, lhe permitiu se tornar um verdadeiro “racer”, aquele piloto que está sempre em atividade e com grandes resultados.