De onde vem a água para produzir os carros
Nos Polos Automotivos da Fiat, em Betim (MG), e da Jeep, em Goiana (PE), tecnologias para recírculo de água e contínuos investimentos na mobilização dos funcionários são as estratégias para reduzir o consumo de água. Como resultado dessa política, a fábrica da Fiat acaba de alcançar o índice de 99,4% de reúso, um recorde no setor no país.
Já o Polo Automotivo Jeep, em menos de um ano de operação, já tem capacidade para recircular 98% da água tratada. “É o maior complexo de tratamento de efluentes líquidos em capacidade e tecnologia do Nordeste”, afirma o gerente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho da FCA para a América Latina, Cristiano Felix. A regra é não desperdiçar: a água utilizada nos vasos sanitários, irrigação das áreas verdes, tanques da pintura, entre diversos outros processos, vem do reúso.
Em Betim, a fábrica da Fiat iniciou as atividades em 1976 já com tecnologia para tratar 100% do efluente gerado. Os investimentos em sistemas de recírculo começaram há mais de 20 anos e não pararam mais. O grande marco foi o ano de 2010, com a instalação das tecnologias de Membranas (MBR) e Osmose Reversa para reúso de 99% da água tratada. Entre 2014 e 2015, o recurso de R$ 4 milhões tornou possível a ampliação para 99,4%.
Além dos sistemas de recírculo, muitas soluções são identificadas pelos empregados que, em todos os níveis hierárquicos, estão engajados na economia desse recurso natural. Na planta da Fiat, em quatro anos, 133 projetos sugeridos pouparam 427 mil m³/ano de água, volume equivalente ao consumo de 10.783 pessoas/ano. “A redução do consumo, por veículo produzido em Betim, foi de 25% em cinco anos”, informa Felix.
Nas plantas da FCA, diariamente, são monitorados os parâmetros do efluente tratado em laboratórios próprios, que fazem o controle de todo o processo para verificar a eficiência e a qualidade. Medidores online com equipamentos de última geração são os diferenciais que garantem a agilidade desse acompanhamento.
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